UNIVERSIDADE
FEDERAL DO PARÁ
CAMPUS
UNIVERSITÁRIO DE ALTAMIRA
PLANO
NACIONAL DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES – PARFOR
FACULDADE
DE LETRAS/POLO SENADOR JOSÉ PORFÍRIO
LUIZ
ODIVALDO SALES PENA
MEMORIAL:
HISTÓRIA DE UM XINGUARA SOUZELENSE
SENADOR
JOSÉ PORFÍRIO – PA.
JULHO/2018
UNIVERSIDADE
FEDERAL DO PARÁ
CAMPUS
UNIVERSITÁRIO DE ALTAMIRA
PLANO
NACIONAL DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES – PARFOR
FACULDADE
DE LETRAS/POLO SENADOR JOSÉ PORFÍRIO
LUIZ ODIVALDO SALES PENA
MEMORIAL:
HISTÓRIA DE UM XINGUARA SOUZELENSE
Memorial apresentado Faculdade de Letras, UFPA –
Universidade Federal do Pará, como requisito parcial avaliativo na disciplina: ESTÁGIO
III, ministrado pela professora Msc. Laura Bormann.
SENADOR
JOSÉ PORFÍRIO – PA.
JULHO/2018.
HISTÓRIA
DE UM XINGUARA SOUZELENSE
RESUMO
História de vida de um Xinguara Souzelense, relata principalmente a vida
profissional dedicada à educação no município de Senador José Porfírio, uma
carreira na área educacional que se iniciou na Zona Rural, mais precisamente na
localidade Vila Nova. A essa história está atrelada a Formação Inicial e
Continuada durante a caminhada que completou três décadas em agosto de 2014.
Palavras Chave: Formação. Educação. Sociedade.
INTRODUÇÃO
A organização deste trabalho tem
como objetivo principal contextualizar a História de Vida de um Xinguara
Souzelense: Luiz Odivaldo Sales Pena, mas precisamente na área educacional. A
história aqui descrita por mim mesmo, traz uma reflexão sobre a profissão de
professor, o cargo de Diretor e de Coordenador de Ensino Municipal ocupado
durante algum tempo, no município de Senador José Porfírio – Xingu – Estado do
Pará.
Tal imagem da pessoa que desempenha essa profissão,
enquanto figura social e individual, que tem uma história a ser contada, ainda
não teve um reconhecimento bom pela sociedade. Muitos professores são prova disso, quando
fazem seus discursos voltados para o tema. Porém, eu como professor não aprovo essa
ideia! Alguém já leu sobre a vida do Pasquale, como chegou a ser professor,
caminhos que trilhou, que livros gosta de ler, o que pensa da educação
brasileira...?
Provavelmente não teria mercado certo, pois ele
é um eucalipto e não um jequitibá, conforme nos diz Rubem Alves (1989:9-30)
refletindo sobre a educação e seu agente de transformação, através da analogia
entre as relações dos seres vivos com o meio ambiente e as profissões que
desempenham. Para o educador ilustrar uma diferenciação entre profissões e
vocações, utiliza-se da flora. A profissão de professor - "Mas professor
não é profissão, não é algo que se define por dentro, por amor" – é
metaforizada pelo eucalipto - "essa raça sem-vergonha que cresce
depressa" -, enquanto a vocação é metonímia de educador - "ao
contrário, não é profissão; é vocação. E toda vocação nasce de um grande amor,
de uma grande esperança.". E se os educadores são como as velhas árvores,
então “Possuem uma frase, um nome, uma "estória" a ser contada".
A visão cristã de educador, que fala de vocação como uma missão, como um “dom”
de Deus, é a comumente encontrada nos discursos sobre a profissão de professor.
(MERI, 2002).
O “ranço” jesuítico ainda perdura na educação
ou visão que a sociedade tem da imagem do professor como aquele que segue uma
missão, mesmo que por isso viva a “pão e água”. (Idem)
A metáfora criada por Rubem Alves para o
educador leva em consideração a vocação na acepção cristã do termo, um chamamento
que vem de dentro. Bonito isso seria se fosse realidade. Resultante disso,
perguntamos: o sujeito que se forma em Pedagogia e torna-se professor de todas
as disciplinas das Séries Inicial do Ensino Fundamental e é professor por
vocação? Caso não seja, costuma ministrar aulas assim mesmo, pois reconhece
esta ser ferramenta de sua profissão? (Ibid).
Diante do relato acima procurarei fazer uma grande reflexão
sobre a História de professor, como me tornei professor, as dificuldades
encontradas e que espero para que sejamos mais reconhecidos como educador.
Eu diria que os educadores são como as velhas
árvores. Possuem uma frase, um nome, uma “estória” a ser contada. Habitam um
mundo em que o que vale é a relação que os liga aos alunos, sendo que cada aluno
é uma “entidade” sui generis, portador de um nome, também de uma “estória”,
sofrendo tristezas e alimentando esperanças. E a educação é algo pra acontecer
neste espaço invisível e denso, que se estabelece a dois. Espaço artesanal
(RUBEM ALVES, APUD MERI 2002, p. 13-14)
Os caminhos percorridos por mim,
durante o tempo que trabalhei como educador, (professor, diretor, coordenador
pedagógico, auxiliar de secretaria e Coordenador de Ensino Municipal) em agosto,
do ano corrente, completará 33 anos.
Na comparação que o texto aborda de floresta que eu, bem
como outros colegas, sou como ser profissional tem como habitat, as árvores são
eucaliptos e jequitibás. Neste universo educacional, podemos ser eucaliptos e
jequitibás ao mesmo tempo, segundo a metáfora que Rubem Alves (1989) utiliza
para diferenciar o ser educador do ser professor ou vice-versa.
Luiz Pena, como sou chamado, formado em Pedagogia, Especialista
em Psicopedagogia e docência no Ensino Superior e acadêmico do Curso de Letras,
personifica tanto o professor eucalipto, essa raça sem vergonha que cresce
depressa (idem, p. 13), que apenas é um funcionário que cumpre uma
função dentro de uma instituição, seja ela pública ou privada, quanto o
jequitibá, que ninguém viu nascer nem plantou (ibid; idem), aquele que
habita um mundo em que a interioridade faz uma diferença, pois é uma
pessoa e, como tal, tem uma personalidade definida por visões, paixões, esperanças
e horizontes utópicos, bem como um interesse constante em aperfeiçoar-se
através de cursos que ampliem seus conhecimentos e formação
profissional.
Então,
a seguir uma parte da minha história de vida.
HISTÓRIA DE UM XINGUARA
SOUZELENSE
Luiz Odivaldo Sales Pena, filho
de João Pena e Maria Sales Pena, nascido no dia 11 de julho de 1963, em Senador
José Porfírio, Xingu, Estado do Pará, bairro Encantado, Rua Beira Mar em frente
a Praia do Leme, filho único, do sexo masculino de uma família de 8 irmãs:
(Lucineide, Benedita, Josineide, Ana Maria, Luciana, Renata (em memória), Célia
Maria e Maria do Remédio). Licenciado em Pedagogia pela Universidade Federal do
Pará (UFPA) e Pós-graduado em Psicopedagogia pela (INTA) Instituto de Teologia
Aplicada e em Docência no Ensino Superior; concursado como Professor desde 06
de fevereiro de 2007 pela Prefeitura Municipal de Senador José Porfírio, Estado
do Pará. Casado com Maria do Perpétuo Socorro de Oliveira Pena (Peta), pai de
Luiz Peterson, Leandro Patrick e Leonardo Perikcson, fazem parte desta família
também, Manoel Clebeson de Oliveira (Prico), enteado-.
Antes de iniciar contando sobre a
“Vida de Professor”, contarei como foi para tudo começar.
Comecei a trabalhar de Carteira
Assinada, desde aos 14 anos de idade na IMAS (Serraria da Reicom), lá me tornei
“Serrador” profissional. Procurarei não me deter muito nesta história, apesar
de ter sido muito útil para mim e minha família, pois, tive uma grande
decepção, que ora talvez não convenha contar. O fato é que em 1983 eu fui
demitido, ficando desempregado, no auge da política entre Elomar Souza e Vily
Viel, por obra do destino o vencedor das eleições foi o Vily Viel e nossa
família toda tinha trabalhado com o candidato perdedor, portanto, perdendo as
eleições, foi um ano de muitas dificuldades, para todos nós. Diante de tudo
isso, até minha esposa, que era Identificadora Civil, também foi demitida,
ficando os dois desempregados. Nossa subsistência passou a ser praticamente da
pesca juntamente com meu pai e minha mãe, que não deixaram desamparados, sempre
nos dando total atenção uma vez que já tínhamos os três filhos, mais o Prico.
O
DESTINO
Nessa época a família de minha
esposa, morava quase toda em Vila Nova, distrito de Senador José Porfírio e
tinham trabalhado com o então prefeito Vily Viel o qual tinha o slogan “Conheça
Souzel (Senador José Porfírio) antes que se transforme”, o slogan demonstrava
que o município iria mudar até mesmo a forma de administração e teria seu
desenvolvimento em todos os distritos, principalmente a educação. Vila Nova
precisava então de profissionais para melhor educar também suas crianças,
porém, a classe de professores era praticamente leiga, tanto na sede do
município, quanto em seus distritos e Zona Rural.
Foi aí que veio o convite para a minha
esposa ir trabalhar como professora em Vila Nova, já que ela tinha o 1º Grau
Completo (Ensino Fundamental) o que poucos professores tinham na época. Lembro
bem que o convite veio pelo Senhor Segismundo Alvarez (Sergico) vereador
naquele pleito e também a partir de um grande esforço do Jobson de Oliveira (Jó,
irmão de minha esposa).
A
MUDANÇA
Em janeiro de 1984 mudamos para
Vila Nova, em um barco chamado Sharlon da Prefeitura, chegando lá fomos morar
na casa da minha sogra Joventina (Dona Jovem) que nos recebeu muito bem, a
primeira a trabalhar como professora, foi minha esposa, que trabalhava em dois
turnos, e a escola contava ainda com a professora Biló. Neste ano, eu fui
pescador o qual me serviu muito, no ano seguinte a professora Biló solicitou
sua transferência para Vitória do Xingu, sendo contemplada em julho, pois a
mesma era efetiva do Estado, ficando então suas turmas sem professor.
AGOSTO
DE 1985 – O INÍCIO.
Em julho de 1995 minha esposa foi
até a Sede de Senador José Porfírio para avisar sobre o acontecido e indicar o
nome de um professor ou uma professora para as turmas, indicando então assim o
meu nome. E eu? Será que poderia ser professor? Se eu só tinha estudado até a
4ª Série do 1º Grau. Na época sim, pois não havia outra pessoa, nem de Vila
Nova, nem de outro lugar para exercer a função, então o prefeito, assim como os
vereadores e responsáveis pela educação de Senador José Porfírio aceitaram e no
dia 1º de agosto inicie trabalhando com as turmas: 3ª e 4ª série.
Como pode um professor ministrar
aulas para turma de 3ª e 4ª séries sem formação alguma? Foi o que aconteceu
comigo. Porém, a partir de quando comecei a trabalhar como professor, comecei a
gostar da profissão e procurei buscar minha ascensão através de formação, no
ano de meu ingresso na educação, foi oferecida uma formação aos professores em
nível de 1º Grau (Ensino Fundamental) e eu não perdi tempo, dediquei-me o que
pude, só então foi que me dei conta do valor que tinha a Educação.
Passei 4 anos para concluir meu Primeiro
Grau, estudando e trabalhando. Eu e minha esposa, fazíamos um “esforço tremendo”
para participar das aulas, pois tínhamos que vir para a sede do município de 15
em 15 dias em um “barquinho” do senhor Orácio que residia no Tamanduá, (localidade
próxima de Vila Nova), por várias vezes enfrentamos os grandiosos banzeiros
(ondas) do Rio Xingu com fortes temporais, mas sobrevivemos a tudo isso, não
foi fácil passar por todas as dificuldades e ainda tinham outras, como por
exemplo, a de desenvolver um bom trabalho em sala de aula sem formação adequada.
Ficamos em Vila Nova até o fim do
ano de 1987, no início de 1988, voltamos para a Sede da cidade. Meu pai foi
quem fretou um barco e foi nos buscar, aliado com a preocupação do meu pai e
minha mãe, resolvemos voltar para a Sede de Senador José Porfírio.
Chegando em Senador, enfrentamos
muitas dificuldades, pois ainda não havíamos concluído o 1º grau, no primeiro
ano que retornamos (1988), por falta de professor de 4ª série eu fui trabalhar
na Escola Cattete Pinheiro com uma turma de 42 alunos, foi um dos maiores
desafios, mas graças a Deus e vários colegas, como a professora Eimar que me
ajudou bastante pude realizar um bom trabalho. Avalio dessa forma, porque mesmo
sem formação, consegui facilitar o aprendizado de muitos alunos e alunas, hoje
muitos alunos daquela turma estão formados e até com especialização sendo meus
colegas de profissão, citando aqui alguns deles e delas: Francisca Gama,
Paulino Dias, Auristélio Lima, professora e vereadora Silvanira Mendes e Emília
Lessa, são alguns que me recordo no momento que são professores e até exercendo
com muita competência suas funções.
Faço questão de destacar aqui
neste memorial, para ficar registrado que a minha primeira professora foi a
minha mãe, foi com ela que aprendi a conhecer as primeiras letras e a ler os
primeiros textos.
A FORMAÇÃO E EXPERIÊNCIAS PROFISSIONAIS
Em 1989 com a eleição para
prefeito muito mudou na Educação e eu ainda não tinha concluído o 1º grau. Sem
formação para atuar em sala de aula, fui afastado da sala e destinado a exercer
a função de auxiliar de secretaria na Escola São Francisco de Assis, recebendo
apenas um salário mínimo, “a sorte” é que ao meu lado tinha minha esposa que
voltou a trabalhar novamente na função de identificadora, mas que nossos
salários eram insuficientes para manter-nos, havia mês que o dinheiro recebido não
dava para pagar as contas, eu tinha que pescar quase todas as noites para não
passarmos fome.
A turma em que eu havia me
matriculado iniciou com aproximadamente 30 alunos. Estudar era fácil, pois o
sistema de estudo era através de 70 “livretos” chamados de módulos, para passar
de um módulo para outro a pessoa tinha que tirar a média mínima de 8,0 (oito)
em qualquer disciplina, o primeiro estudo a distância que enfrentei, sem
professor. Para acompanhar, esse sistema que era desenvolvido pela SEDUC de
Altamira e que não tinham pessoas qualificadas para tirar as dúvidas,
principalmente em Língua Portuguesa e Matemática, era muito complexo. Tudo isso,
fez com que a maioria dos alunos e alunas desistissem, ficando apenas 4 alunos
comigo para terminar o curso.
Faço questão de mencionar o nome
do grande amigo Cleto Alves, que nessa época era Vice-Prefeito de Senador, pelo
motivo de um dia ter nos recebido em seu gabinete, neste momento lembro também
da colega Arlete Duarte que éramos auxiliares de secretaria e fomos pedir
aumento de salário, o qual nos deu uma pequena porcentagem de aumento e nos
deixou com mais entusiasmo para trabalhar.
Em 1993, iniciava-se uma campanha
do Governo Estadual em parceria com a prefeitura de Senador para implementação
do Magistério, graças a Deus e ao meu esforço já tinha concluído o 1º grau e
pude iniciar meus estudos no Segundo Grau Magistério, o qual foi concluído após
4 anos.
Na ocasião a política
Neoliberalista requeria um profissional que pudesse ter uma formação, capaz de
atender o mercado de trabalho que cada vez mais exigia um profissional que tivesse
mais competência interpessoal, tais como: LIDERANÇA INICIATIVA E RELAÇÕES
HUMANAS. As organizações precisam de pessoas que além de conhecimento técnico,
tenham como competências essenciais a curiosidade pelo aprendizado, a
flexibilidade, a capacidade de adaptações às mudanças, a facilidade no trato
interpessoal e o sentido atual que o mundo nos imprime. Essa é a demanda que
vem crescendo e desenvolvendo-se em uma sociedade altamente diferente,
conhecida como sociedade do conhecimento com uma tecnologia super avançada.
Dessa forma, temos que nos
adaptar e também buscar um lugar neste cenário tão competitivo e foi com esse idealismo
que enfrentei todos os desafios para realmente ser professor.
O
CONHECIMENTO
Comecei a cursar o Magistério no
ano de 1993 pelo SOME – Sistema Modular de Ensino. No primeiro ano de
magistério recebi um convite para ministrar aulas em uma turma de 3ª série do
1º grau (Ensino Fundamental), na Escola Estadual Rosa Alvarez Rebelo no 2º turno,
e no 1º turno eu desempenhava o trabalho de Auxiliar de Secretaria na mesma
escola, nesse mesmo ano houve eleições para prefeito no qual foi eleito Cleto
José Alves da Silva, o então prefeito estava formando uma nova Secretaria de
Educação foi quando veio o convite para eu ir trabalhar como Diretor da
Secretaria de Educação.
Trabalhei como Diretor de
Educação, até o ano de 1996, pelo motivo da construção da Escola Mariana Dias
que foi a primeira Escola Municipal da Sede, e novamente o prefeito convidou-me
para exercer o cargo de Diretor da referida escola, pois segundo ele não havia
outra pessoa de confiança para exercer o cargo. Aceitei o desafio, isso tudo aconteceu,
no mês de junho de 1996, sendo que a Escola Mariana Dias iniciaria suas
atividades em agosto de 1996, exerci a função de diretor e professor de
Matemática em uma turma de 5ª série. Ainda em 1996 iniciamos com as atividades
da escola, criamos logo o Conselho Escolar, organizamos toda a parte de
secretaria e pedagógica e assim encerrou-se o ano letivo. No ano de 1997, foi
eleito o Prefeito Carlos Rebelo, o qual me nomeou novamente para trabalhar com
Diretor de Educação e a grande expectativa com a chegada da secretária de
Educação Marinez Simas que iniciou também em 1997.
Permaneci na Secretaria de
Educação, como diretor até junho de 2000, nesta época a secretária Marinez
Simas não estava insatisfeita com a direção da Escola Rosa Alvarez Rebelo, uma
vez que o Ensino Fundamental havia municipalizado e toda a gerência era da
SEMEC, havia muitas reclamações por parte dos alunos, pais e a sociedade como
um todo os quais cobravam muito a mudança da diretora.
Foi então que a Secretária de
Educação me convidou para assumir a Direção da Escola Rosa Alvarez Rebelo,
resolvi aceitar. Não foi fácil, em meu primeiro dia como diretor lembro que
alguns alunos me receberam um tanto arrogantes para que eu desistisse, pois
estavam acostumados com a rotina da escola, mas fui forte e venci, porém,
procurando conquistar a todos (funcionários, alunos, pais etc.).
Na Escola Rosa Alvarez Rebelo fui diretor nomeado
por um ano e meio e o conselho escolar promoveu eleições para direção da
escola.
Candidatei-me e fui vencedor da
eleição para atuar como diretor ficando no cargo em um período de 2001 a 2004.
Em 2004, houve eleições
municipais e foi eleito como prefeito Cleto José Alves da Silva, como não havia
trabalhado politicamente com ele veio a demissão do cargo de diretor e então,
passei a ministrar aulas em 2 turmas de 4ª série na EMEF Cattete Pinheiro no
ano de 2005.
Em 2006 o Conselho Escolar
promoveu eleições para eleger o diretor escolar, voltei a me candidatar e mais
uma vez fui vencedor da eleição, atuei como diretor por dois anos, no ano de
2008 exerci a função de coordenador pedagógico na EMEF Mariana Dias.
No ano de 2009 fui mais uma vez
convidado para exercer a função de Coordenador de Ensino na Secretaria
Municipal de Educação o cargo, onde permaneci até junho de 2016. De julho a
dezembro do ano de 2016, fiquei de Licença Prêmio.
O CURSO DE LETRAS
No ano de 2014, fui contemplado
pela Plataforma Freire para cursar Letras, era um dos sonhos que eu tinha.
Ansiava muito em fazer um curso como o de Letras, pois eu tinha uma curiosidade
e expectativa muito grande, em saber o que realmente era estudado, havia uma
necessidade em aprender mais sobre o uso da linguagem, – principalmente a
linguagem escrita – em diversos meios de comunicação.
O curso de Letras em minha vida,
tanto profissional, quanto particular, está servindo muito, principalmente
referente às teorias: linguística e a literária, uma nova visão da língua
materna (língua portuguesa).
Pela minha própria vontade,
escolhi exercer a função de professor, ainda tenho pouca experiência no
trabalho voltado para língua portuguesa, pois, iniciei tal atividade apenas no
ano de 2017, porém, é uma área que estou feliz em fazer o que faço.
Tenho minha profissão como algo
que me completa, espero contribuir bastante com o aprendizado dos nossos
alunos.
Durante as aulas no curso de Letras,
articulei e elaborei um projeto para a organização de um livro, o livro já está
organizado e falta apenas ser impresso, por falta de condições financeiras
ainda não foi retirado, mas tenho como meta a retirado do mesmo, após a
conclusão deste curso irei dedicar um tempo em busca de condições para a
retirada de algumas cópias do livro, “Memórias do Xingu” é o título do livro. O
livro qual me refiro, guarda memórias de moradores do município de Senador José
Porfírio, tanto da Zona Rural (Distritos do Município), quanto da Zona Urbana.
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
Minha satisfação e meu prazer em
fazer o que faço é um sonho realizado, mas me sinto ainda com muita
responsabilidade. Serei eternamente professor. Educação para mim, é um desafio a cada época,
está atualizado é meu foco principal.
Neste trabalho acadêmico quero
deixar destacado o compromisso que tenho com a educação ao longo dessas três
décadas. Na minha carreira profissional do Magistério, já pude exercer várias
funções: Diretor Escolar, Coordenador Escolar, Secretário Escolar e o que mais
me motiva, é sem dúvida, ser professor!
Considero ter sido um afortunado
com o curso de Letras, sabemos que em um país como o nosso, muitos filhos de
pessoas da classe social menos favorecidas, têm grandes dificuldades em entrar
em uma universidade, contudo tive a sorte em ser contemplado com o Curso de
Letras.
A área de Conclusão de Curso que
escolhi a pesquisar foi a de linguística e nessa área pretendo seguir
pesquisando, com o objetivo de colaborar com a aprendizagem cada vez mais
significativa em favor dos nossos alunos.
REFERÊNCIAS
ALVES, Rubens. Conversas com quem
gosta de ensinar, 23 a. ed. São Paulo: Cortez, 1989.
MERI, Leila Maria. Professor-Leitor: Uma História de Vida, Maringá,
2002.
Seu memorial é, Excelente! Parabéns e
sucesso na profissão! Conceito: Professora Laura Bormann
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